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sexta-feira, 17 de julho de 2009

GRAVIDEZ ADOLESCENTE


Atualmente, vivemos numa sociedade em que a sensualidade é extremamente exaltada, a começar pela valorização do corpo, que tem de ser “perfeito”, sexy, atraente. Malha-se, bronzeia-se, veste-se, pinta-se; e o mercado do consumo oferece a cada dia inovações as mais diversas, para satisfazer o ego insatisfeito e insaciável do ser humano.

Mulheres voluptuosas e situações “calientes” são utilizadas para vender artigos de todo tipo: carro, casa, telefone, cerveja, barbeador... As modelos, sinônimo de “status” feminino, são meninas de 13~17 anos; portanto, “teens” ou adolescentes.Existe a ilusão de que riqueza e/ou fama se conquista com “beleza” (carregada de sensualidade). Esse espírito de sensualidade e de sedução tem invadido a nossa juventude, que considera brega, antiquado, ultrapassado não ficar, não namorar, não transar, manter-se virgem para o casamento.

O casamento chega a ser considerado uma instituição falida. Infelizmente, os pais que se separam - ou os que não se separam, mas vivem brigando dentro de casa - acabam atestando essa idéia. Se os adolescentes não encontram em casa o refúgio do amor dos pais, vão se consolar entre eles mesmos, entrando em relacionamentos para os quais não estão preparados.

Os dados do IBGE revelam aumento de gravidez entre adolescentes de 15 a 17 anos nos últimos dez anos (1996-2006), ainda que se divulgue amplamente os métodos contraceptivos. E quem é que cria esses filhos? Os avós ou os bisavós. A garota que gerou a criança vai querer continuar estudando e/ou trabalhando. Se sua mãe também trabalha fora, vai sobrar para a bisavó. E na ausência desta, vai ter de ser criada por babás, creches ou escolinhas. Que referência familiar terá essa criança? Nesse tipo de situação, geralmente o rapaz não assume a paternidade; ele quer mais é namorar outras garotas.

Psicologicamente é confuso para a criança; sem mãe, sem pai, sem a proteção do casal dando-lhe cobertura, sem a solidez de uma família constituída em Deus, ela se sente não pertencendo a ninguém; fica frágil, vulnerável e acessível às mensagens de rejeição em sua mente e coração. Que possa se levantar o profeta Elias (“... converterá o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais, para que eu não venha e fira a terra com maldição”)!

Em outras palavras, que ministérios dedicados à restauração de famílias possam ter a mesma unção poderosa que teve o profeta Elias, para poder restaurar até relacionamentos pai-filho em situações “não-família” da pós- modernidade, “antes que venha o grande e terrível dia do Senhor” (Malaquias 4, 6 e 5).

No Amor e Temor do Senhor,

Pr. Humberto Freire

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