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sábado, 20 de fevereiro de 2010

CARACTERISTICAS DE UMA FAMILIA FELIZ !


A família é a unidade social mais autêntica e antiga, mais natural e mais legítima.
É o lugar de sossego, paz, respeito e proteção.
É a base de toda comunidade humana.
Todavia, é preocupante o que estamos presenciando em nossa sociedade moderna: famílias desestruturadas pela separação, números cada vez mais elevados de divórcios, grande número de adolescentes grávidas, doenças sexualmente transmissíveis destruindo corpos jovens e vidas inocentes, violência que resulta em crianças sobrevivendo nas ruas, envolvidas com drogas, cigarro, bebidas, longe de qualquer cuidado e afeto.
Para onde tudo isto nos conduzirá?
Provavelmente para uma sociedade de relacionamentos frios e passageiros e porque não dizer "descartáveis".
Assistimos, tristemente, as pessoas se tornarem cada vez mais egocêntricas e perderem sua capacidade de dialogar e amar.
Os casais perdem a capacidade de renunciar, de ceder, de olhar a vida pelo prisma do outro, cada qual se fechando no seu mundo esperando mudar o outro para que este se adapte aos seus interesses.
Numa relação conjugal ou parental, vários aspectos podem minar ou contribuir para uma maior solidez da estrutura familiar.
Queremos compartilhar alguns fatores que mais favorecem a felicidade conjugal e familiar, estes envolvem conceitos, palavras, atitudes ou gestos adequados do dia-a-dia.
1. Respeito e tolerância são credenciais das famílias felizes!
O respeito mútuo é um dos principais sinais das famílias felizes, assim como o prazer de estar na companhia uns dos outros.
Cada membro da família precisa se empenhar pela felicidade do outro, tanto quanto a sua própria.
É preciso que um respeite o outro em todos os aspectos e conheça bem o seu papel para não invadir o espaço do outro, a fim de que, à noite, haja encontro, amor, simpatia e amizade. “...se esforcem para tratar uns aos outros com respeito” - “...suportai-vos uns aos outros em amor...” (Rm.12:10).

2. Conhecer sua família intimamente e ser conhecido por ela
Conhecer e revelar-se ao outro requer muita convivência: longas conversas e muita cumplicidade.
Será necessário dedicar tempo a todos os membros da família, mas é particularmente imprescindível fazê-lo com o cônjuge.
A felicidade conjugal não está tanto no romantismo do casamento, mas na preocupação sincera e incessante pelo bem-estar emocional um do outro.
É muito importante dedicar um tempo de qualidade a qualquer relacionamento, mas não basta dedicar apenas tempo, porque tudo pode acabar rotineiro e vazio: aonde quer que vá, vá com seu coração.
É extremamente confortável e prazeroso ter alguém para sentar e ler o jornal juntos, envoltos por um doce silêncio de entendimento e conexão; alguém para segurar suas mãos em momentos difíceis e com quem celebrar em tempos de alegrias especiais; alguém com quem, apesar das irritações, desapontamentos, e daqueles momentos de questionamento do tipo 'por que casei com ele ou com ela', se criou uma história rica, quente e única.

3.Saber fazer concessões
Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo” (Vs.31-32).
O casamento é uma entidade pela qual vale a pena fazer algumas concessões.
E, entre as principais qualidades para conseguir manter um saldo positivo nesse pacto, destacamos o respeito e a tolerância.
E alerta para os choques iniciais que, invariavelmente, vão acontecer.
O segredo é saber que isso é natural, faz parte do ajuste conjugal.
Há momentos de encontro e de profundo desencontro.
Mas vale a pena superar essas dificuldades por causa da cumplicidade.
Após o desencontro, é sempre possível construir uma ponte onde o casal se reencontra.
O essencial é que um parceiro não 'martirize, tiranize nem bloqueie o outro'. Precisamos compreender que somos dois conteúdos em um só continente, dentro do mesmo teto.
Haverá, portanto, choques incríveis.
É preciso olhar para o outro como ele é e desenvolver a aceitação.
Essa é a prova da resistência.
Mas vai valer a pena!
O tempo vai passando ambos vão se aceitando e, quando percebem, já se passaram 20, 30, 50 anos.

4. A presença de Deus na família
A graça e amor divinos estão acessíveis a nós.
Saber que podemos acioná-los a nosso favor é bem motivador, além de elevar os sentimentos aos graus do bem-estar e da boa auto-estima.
Quantas pessoas já se beneficiaram ao dar e receber o amor, transformando-se e colaborando na transformação do outro.
Usar o poder do amor é uma meta a ser perseguida sempre.
"O verdadeiro amor não está nas palavras, mas nas ações, e só o amor pode conferir-lhe a verdadeira sabedoria" (Tolstoi).
Esta força que provém do divino concede ao homem a ferramenta necessária ao bom convívio entre os seus semelhantes.

“... o cordão de três dobras não se quebra facilmente” (Ec.4:12).

Uma família unida e feliz é fruto da consciência de que a felicidade é decorrente de valores e os comportamentos necessários para a vida em sociedade: a solidariedade, a confiança, a generosidade, o respeito, a respeitar as diferenças de gostos, de temperamento, de desejos e de necessidades.
O casal tem uma responsabilidade enorme na condução de sua família.
Cabe aos dois encontrar o equilíbrio necessário para construir as bases para a felicidade da própria família.

Pastor Humberto e Raquel Freire
Terapeutas de Casais e Famílias

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