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quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

NAMORIDO ( ou relacionamento conjugal sem compromisso )

A forma de relacionamento conjugal rotulada como “namorido” tem se tornado muito comum em nossa sociedade.
Nós o qualificamos como comum, ao invés de normal, pois o relacionamento romântico considerado normal é aquele em que um homem e uma mulher, maduros na plenitude da responsabilidade conjugal, se unem em aliança conforme os propósitos, a vontade soberana e as bênçãos de Deus.
Este modelo foi manifestado antes da fundação do mundo, na qual Jesus Cristo não foi apenas testemunha, mas também participante ativo e efetivo desta união de uma-só-carne (Gênesis 2:21-25; I Tessalonicenses 4:3-5,7).
Nos últimos anos, nossa sociedade (e porque não dizer a própria igreja?) tem sofrido transformações tão grandes de valores que os relacionamentos românticos passaram a ser uma fase experimental.
Viver a dois, desprovidos de compromissos verdadeiros, de forma que, se não der certo, simplesmente procura-se uma nova alternativa (Gênesis 6:11-13). Namorido pode ser interpretado como uma mescla demoníaca de namorado e de marido, sem qualquer compromisso formal, dando origem a ciclos geracionais de traumas, mágoas e desvios de comportamento em relação aos padrões de Deus, que são visitados pelo Senhor até a quarta geração.
Isto não pode ser aceito como um novo movimento relacional.
É fornicação, adultério.
Tem de ser nomeado como Deus nomeia: pecado, iniqüidade (Números 14:18; Mateus 5:28; Lucas 16:18; Apocalipse 21:8).
Os filhos concebidos neste tipo de relacionamento sofrem uma ação intensa das trevas, que os impedem de desfrutar de uma comunhão íntima com Deus, por várias gerações (Deuteronômio 23:2).
A lida diária, os jogos, as disputas de poder econômico ou o anseio autêntico e legítimo por realização profissional não fomentaram a nova realidade de relacionamento romântico.
Isto vem da insegurança da mulher, travestida de um desejo de liberdade incontido (feminismo).
E da imaturidade do homem, representada pelo medo, vergonha e falta de firmeza para assumir suas responsabilidades, causada pela ausência de bênçãos no seio da família. Isto tem promovido a perda da identidade e do destino nas pessoas (“Quem sou eu?”; “O que faço aqui?”).
Tais fatores, mais a permissividade da sociedade, levam os novos parceiros a um relacionamento romântico do tipo “amizade colorida”, muito comum nas décadas passadas.
Como o juízo tarda, o coração do homem não acredita na punição de seus pecados, e nem mesmo os reconhece como transgressões aos mandamentos de Deus (Eclesiastes 8:11-12).
Os casamentos sofreram graves conseqüências, pois os parceiros trazem consigo verdadeiros “baús sem alças”, consubstanciados por traumas, mágoas, rejeições, violações de sua própria vontade, e até mesmo da sua sexualidade. Esperam que seus parceiros paguem esta dívida emocional, originada geralmente pelos parentes mais próximos.
Mas os cônjuges não conseguem resgatar o passado sofrido.
Somente Jesus Cristo poderá fazê-lo.
Os problemas emergem, e ao invés de discuti-los e resolvê-los, o casal vai colocando todo o lixo para debaixo do tapete.
Os filhos surgem, e a atenção passa a ser centrada neles; quando o ninho fica vazio, o tapete é levantado.
Na maioria das vezes, já não se tem disposição ou saúde para enfrentar todos aqueles problemas não resolvidos.
Precisamos entender que somos apenas mordomos em relação aos nossos cônjuges, sob o beneplácito de Deus, e um dia teremos de prestar-Lhe contas do que fizemos deles e com eles.
Mulheres não são como vinho; apesar do aroma inebriante e do buquê agradável, não se pode simplesmente degustá-las, à espera da esposa ideal. Homens não são torresminhos para que as mulheres possam se servir como tira gosto ou entrada de um prato principal chamado marido.
Se nós nos livrarmos de nossas “malas sem alças” (nosso passado traumático com vícios de comportamento, egoísmo, soberba) e guardarmos os nossos corações santos (livres de lascívia, sensualidade e auto-satisfação), então poderemos nos entregar verdadeiramente um ao outro.
Sem reservas e sinceros, oferecendo reciprocamente o que temos de mais sublime: nossos sentimentos mais altruístas, desejando acima de tudo agradar a Deus e satisfazer às necessidades de nossos parceiros matrimoniais - no plano espiritual, emocional, físico, social e até mesmo financeiro (Provérbios 4:23).
Existe em cada ser humano um enorme desejo de descobrir, desvendar e identificar seu destino, e a vontade de Deus poderá ser percebida a partir do momento em que se entende que é ela boa, agradável e perfeita (Romanos 12:2).

No amor de Jesus,
Pr. Humberto Freire

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