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segunda-feira, 13 de julho de 2009

COMO NÂO CHEGAR À SEPARAÇÃO


Como explicar a separação para os filhos?.

Trata-se de pergunta que freqüentemente é feita a pessoas escolhidas “a dedo”, para que a resposta seja a que se pretende obter e agradar aos ouvidos de quem pergunta. Com a quantidade de recursos - tanto humanos quanto materiais - que temos hoje disponíveis para tratar da questão do divórcio, é incrível constatar por pesquisas (e também de forma empírica) o quanto as pessoas são relutantes em procurar ajuda profissional e eclesiástica como um meio de solução e um caminho a ser seguido. Ao invés disso, preferem tentar amenizar os efeitos das decisões (que têm sua origem no Ego, no “euismo”) que, quando tomadas, ignoram o outro, excluindo sentimentos e conseqüências.

Só depois é que ele se tornará alvo de alguma atenção, buscando-se, às vezes, um profissional para consertar o que foi destruído. A pergunta de ordem deveria ser: “Como não chegar à separação? Ao verificar o enorme estrago que os casais produzem em suas próprias vidas, nas vidas de seus filhos e nas vidas daqueles que estão ao seu redor, há uma busca daquilo que chamamos em psicologia de “solução mágica”.

Uma forma infantil de resolver questões e conflitos que estão incomodando. A criança está acostumada a ver em desenhos infantis os personagens morrendo e ressuscitando a todo instante. Então, todo aquele que está incomodando deve morrer “só um pouquinho” até que pare de incomodar e, depois, pode ressuscitar para continuar sua vida. Os casais se “matam” e aos seus filhos, mas precisam saber que não é “só um pouquinho”, que os resultados produzidos levarão a dois caminhos: ao da rejeição ou ao da indiferença.

É comum ouvir relatos de filhos de pais separados que preferem isto às brigas constantes e ao ambiente hostil em que viviam. Outros relatam que não se incomodam em ter vida dupla, pois se acostumaram desde pequenos a ela.

Que tipo de sociedade está se formando a partir da indiferença por uma vida harmônica e equilibrada, onde as pessoas e os papéis são bem definidos e produzem segurança, com os laços de afeto e misericórdia preservados para mútua proteção e continuidade? Qual será a identidade familiar gerada por toda uma geração que aprende a ser indiferente quanto ao seu berço, sua origem e seus ancestrais? Que cultura haverá no futuro se as raízes são arrancadas e replantadas hibridamente, perdendo a sua essência e identificação? Hoje ainda se tenta falar sobre consciência ecológica em uma sociedade que prima pela dissociação, depredação e desmantelamento da condição humana mais básica, que é a sua origem primeira - a família.

Que legado deixam esses pais aos seus filhos a quem ensinaram que relacionamento amoroso é passageiro, interesseiro, conveniente e egocêntrico? Os casais deveriam se perguntar: “Como explicar a separação para nós mesmos?”, que prometemos nos amar, nos honrar e nos respeitar na alegria e na dor, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte nos separe, sendo que muitos empenham até sua palavra e honra para o cumprimento desses votos?”Como explicar a separação para toda a futura humanidade? Que tal começar com Gênesis 2:18 (“Por isso deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher tornando-se os dois uma só carne”)? Abra a Bíblia em Mateus 19:3-9 e leia o que Jesus disse: “... não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher... De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Verifique também I Coríntios 7:11: “Se, porém, ela vier a separar-se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido; e que seu marido não se aparte de sua mulher”.

Para concluir, Deus é Pai e prometeu nunca abandonar Seus filhos: “Eis que estarei convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mateus 28:20). Não haverá explicação mais determinante e eficaz do que esta! Pais que amam seus filhos e não conseguem evitar a separação devem, ao menos, fazer de tudo para que eles não passem pela mesma experiência amarga. Princípios bíblicos que direcionam para um relacionamento monogâmico e duradouro devem ser ensinados e valorizados. Honestidade, humildade em reconhecer seus erros e companheirismo em busca do acerto são as coordenadas que pais, com suas próprias vidas e exemplos, podem oferecer a seus filhos, juntamente com a esperança de um futuro melhor!

No Amor de Jesus,

Pr. Humberto Freire

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